quarta-feira, 2 de março de 2016

De volta à sala de aula (o caminho que o meu sonho apontava)

Estou num “entre-caminhos” delicioso. Acabei de concluir o módulo 2 da formação em Coaching e Mentoring Holo-Sistêmico e parto, neste final de semana já, para o terceiro e último módulo, o avançado. Aconteceu assim, como a maior parte das coisas na minha vida acontecem: pisquei e estava lá.

A velocidade dos acontecimentos na vida da gente é muito determinada pelo alinhamento que essa experiência tem com a nossa verdade pessoal. Já falei disso aqui antes, como no meu livro. Algo prazeroso, que nos faz felizes, tende a passar muito rápido. Do mesmo modo, as experiências ruins parecem se arrastar. Hoje eu sei que essa “velocidade” é apenas uma questão de perspectiva, de ponto de vista. Fato é que tenho a sensação que tudo está acontecendo muito depressa e hoje sei que, como as coisas boas, as ruins também vão passar.

Tenho muito aprendizado para dividir com vocês sobre esse novo caminho, mas hoje apenas um “insight” vem à tona: a direção sempre é apontada pela nossa mente sábia, inconsciente e perfeita, mesmo que não estejamos em busca de mudanças ou respostas.

Essa mente sábia (ainda vou falar muito dela) já sabe o que você precisa saber. Ela é aquela que pergunta o que a vida quer de você, e não o que você quer dela; é o self 2, que determina quem está mesmo no controle de tudo. Quase nunca somos nós, de forma consciente. Toda a condução do que viemos fazer aqui está nela – que sabe de onde viemos e para onde vamos voltar. Considerando que a vida é um ciclo (que contém todos os outros ciclos), a mente sábia nos lembra que estamos aqui só de passagem. No entanto, enquanto aqui estamos, precisamos ser o melhor que pudermos.

Beneficiar os outros potencializa a nossa força e isso aprendemos com o tempo.

Esse caminho, que nos leva ao “melhor de nós” enquanto estamos aqui, muitas vezes chega através de um canal que estranhamente eu sempre acessei muito facilmente e muitas vezes confundindo ele com minha própria realidade: os sonhos. Ainda tenho muito que aprender nesse sentido, mas o que já aprendi é que sonhos “insistentes”, situações que se repetem nesse ambiente onírico, precisam de toda a nossa atenção.

Sempre tive um sonho incômodo, que se repete há mais de uma década: eu NUNCA estava confortável em nenhuma sala de aula. Quase sempre era uma sala da faculdade de Jornalismo, onde me sentia confusa e deslocada. Nestes sonhos/pesadelos eu chegava atrasada, faltava às aulas, não me conectava com a metodologia e, por fim, nunca conseguia pegar o meu diploma. Isso me levou, muito tempo, através de um canal que não dava muita atenção, a nunca me sentir efetivamente formada, graduada, diplomada (como fui e sou, em Comunicação Social). Era como se não estivesse pronta ou apta a exercer minha profissão, por mais que a experiência profissional revelasse a apontasse minhas competências nessa área.

Na sala de aula “convencional”, dos meus sonhos, eu me sentia um ET. Acordava sempre mal, com o sentimento de ser uma fraude. Nunca me senti confortável para ganhar bem ou mais trabalhando com o jornalismo. Ainda quando morava em Salvador, na terapia, revelei à minha psicóloga esses sonhos e o incômodo que eles me traziam. Até que ela me fez enxergar que, de proposito, eu não tinha ido mesmo buscar meu diploma na faculdade, e foi parte do processo ir até a Univerdade Federal da Bahia buscar o tal documento. Achávamos que, isso feito, a questão estava resolvida. Diploma na mão, canal do merecimento trabalhado, os sonhos desapareceriam, certo?

Não. Eles permaneceram. Por muitos e muitos anos.

Até uns 20 dias atrás, quando essa nova “formação” surgiu e todos os caminhos se escancararam para que eu ocupasse novamente o lugar de aluna na sala de aula gigantesca que é a vida.

Fui atrás das escolas, devidamente inspirada por duas amigas queridas que já estavam me orientando nessa direção.

A escola que veio até mim foi a escola certa, como o mestre que encontra o aluno quando ele está pronto. No meu caso a “escola” que veio foi o Instituto Holos.

Primeiro a formação à distância, depois o segundo módulo, Master, presencial; e neste final de semana o módulo Advanced. Presentes, literalmente, que o Universo lançou no meu caminho e eu, grata que sou a ele, não iria recusar.

Não tenho a menor ideia do que vai acontecer com a minha vida depois deste próximo final de semana, mas de uma coisa hoje tenho certeza: esse tinha que ser o meu novo caminho!

O primeiro sinal disso foram os sonhos, que desapareceram, bem como toda a minha insegurança e sensação de “não pertencimento”. Talvez eu devesse ter prestado atenção nessa dica que vinha nos sonhos há mais tempo; porém se não tivesse passado por tudo que passei talvez não fosse hoje dona de tanto aprendizado prático adquirido.

Sei que, com o Coaching e o Mentoring, posso ajudar muita gente com o que aprendi.

O segundo sinal foram as dores de cabeça e sintomas físicos diversos que, milagrosamente, também “desapareceram” nestes últimos dias de formação “intensiva”.

E olha que a demanda (física, de tempo mesmo) é imensa.

Acontece que agora, talvez por estar na direção certa, essa demanda não gera cansaço mental e perda energética. Pelo contrário. A cada passo dado me sinto mais nutrida e preparada, pronta para encarar as “missões” que, certamente, virão.

Eu precisava ser o que já era e eu era mais do que sinalizava o meu diploma.

E isso tinha a ver com desenvolvimento humano, com ajudar as pessoas, além da comunicação.

A comunicação simples, ainda que eu a tenha aprendido e praticado de forma integrada, sempre me causaria aquela velha inquietação. A formação não bastava. Eu precisava de outra sala de aula.

Nesta, nova, os títulos e documentos dizem pouco.

O que importa, efetivamente, é trazer à consciência o que já praticava, intuitivamente.

Todos nós já temos, dentro da gente, tudo de que precisamos. Todo o conhecimento, todas as ferramentas, todas as técnicas. A gente só demanda uma “escola” para nos lembrar do que precisamos lançar mão para atuar neste instante, o presente, aqui-agora. Eu encontrei a minha.

E desejo, de todo o meu coração e do fundo da minha alma, que você encontre a sua aí do outro lado.

Pode ser que a sua vida necessite de uma revisão imensa, intensa, e te conecte com uma mudança brusca de direção, além do que a sua "formação" convencional te orientou a fazer.

Essa escola, onde você vai aprender simplesmente a ser o que veio ser, pode agora não ter um nome, mas ela existe e está te esperando.

E quando você estiver pronto, acredite, ela vai encontrar você também.

:)

3 comentários:

  1. Uma saga, uma linda história de vida...adorei ler!
    Marcos Wunderlich

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  2. Muito legal,Rafael! Tanta sensibilidade e talento precisavam encontrar o seu lugar. Esta nova matriz com certeza te trará caminhos mais isomórficos e a felicidade incondicional. Sucesso.

    César Tucci - Coach e mentor ISOR

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  3. Rafaela, uma pessoa iluminada. Seu olhar, seu carisma, suas palavras, penetram tão profundamente que tocam a alma. Obrigada por se doar tanto assim e por me estimular a queimar meus barcos também.

    Regina Matos

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