quinta-feira, 10 de março de 2016

Oração de gratidão

Agradeço ao Universo por ter me permitido chegar até aqui, neste ponto da minha caminhada, e trazer na alma a certeza de que estou no caminho certo, orientada pelo propósito de vida que me antecede e me ultrapassa.

Agradeço por ser fonte dessa sabedoria infinita que me contém e está contida em cada um de nós, da mesma forma. Eu chamo ela de Deus, você pode chamar do que quiser. Tudo é a mesma coisa.

Agradeço o arrepio que meu corpo sente, inteiro, quando escrevo algo que é coerente com o que penso, vivo e pratico.

Agradeço por ser instrumento, ferramenta e canal

Agradeço todos os que me antecederam, minha origem, meus pais e os pais deles, e os pais deles, e os pais de seus pais. Agradeço e honro toda a caminhada que estes seres percorreram, e que culminou na minha existência.

Agradeço e bendigo o dia em que fui gerada, no ventre de minha mãe. Fruto do amor de dois jovens que acreditavam no amor, eu nasci inspirada por (e para) o amor.

Agradeço os dons e talentos por Deus a mim concedidos. Todos os dias peço que Ele me oriente a fazer bom uso deles.

Agradeço todas as pessoas que cruzaram o meu caminho e deixaram em mim um pedaço delas. Um cheiro, um toque, um livro, uma palavra, um abraço ou pedaços de suas próprias vidas.

Agradeço àquelas que despertaram as sombras e mim, e permitiram que eu olhasse para a escuridão com respeito, ultrapassando os meus próprios limites com o único objetivo de ser melhor.

Agradeço cada uma das pessoas que acreditaram em mim, e torceram genuinamente pela minha felicidade, secreta ou claramente. Agradeço também àquelas que não acreditaram, que provocaram a minha vontade de me superar.

Agradeço ao sol que ilumina os meus dias e as nuvens que me lembram da importância dele permanecer lá, mesmo que eu não o veja.

Agradeço o ar que respiro e a oferta de todas as coisas da natureza que me nutrem e alimentam.

Agradeço todos os recursos do planeta onde vivo. Agradeço por poder ver, sentir, tocar tanta beleza e lembrar que essencialmente somos tecidos das mesmas células; em nossa origem estão os mesmos átomos.

Agradeço as palavras, sobretudo ao silêncio que muitas vezes diz mais que todas elas.

Agradeço todo o aprendizado contínuo, a certeza de que serei sempre aprendiz nessa grande, incrível e genial escola da vida.

Agradeço pelo espírito essencialmente livre e a alma ávida por pertencer a todos os espaços, trazendo em seu âmago uma vontade genuína de beneficiar o máximo de vidas que ela puder.

Agradeço todos os meus resgates. Não foram poucos. Agradeço por cada queda e por cada vez que me foi dada a chance de levantar.

Agradeço por nunca ter sido esquecida, mesmo nos momentos mais improváveis, mais solitários e confusos. Agradeço demais por eles, porque só em conexão com as minhas dores eu posso compreender melhor, hoje, as dores do outro.

Agradeço minhas histórias, todas elas, as tristes e as alegres, as engraçadas e as mais toscas e improváveis – agradeço por ter permanecido, dentro de cada uma delas, essencialmente eu.

Agradeço por nunca ter desistido de mim.

Agradeço pelo mar que me apazigua e acalma, pela água que me mostra quão simples são os ciclos da vida.

Agradeço o dia e a noite, o caos e a ordem, os extremos que me fazem escolher a paz do caminho do meio.

Agradeço por pertencer a esse lugar, neste tempo, e viver num terreno tão fértil, com tantas possibilidades de transformação.

Agradeço por cada ser humano que habita nesse planeta, por observar os aspectos da natureza do outro que eu reconheço em mim, por me ser dada todos os dias a oportunidade de escolher onde desejo ir, com quem eu quero estar.

Agradeço pelas experiências do corpo, da mente e da alma.

Agradeço pela certeza da imensidão de todo o espaço que nos cerca (e todo o universo que nos habita).

Agradeço cada um dos dias dos trinta e quatro anos que vivi e cada um dos outros que eu sei que virão.

Agradeço, sobretudo, o PRESENTE de estar aqui, agora.

Contida, contendo tudo que preciso.

Abrigada, segura, protegida.

Imensa, pequena, atuando no mundo processual com toda a intuição da mente sábia que às vezes grita.

Dentro, fora – em toda parte, é tudo o mesmo lugar.

Agradeço pela permissão que me foi concedida de ampliar a minha mentalidade e enxergar as pessoas além dos rótulos.

Agradeço tudo que me foi concedido para usar enquanto estou aqui – e por saber hoje que tudo passa, e não precisar possuir ou me apegar a nada, me libertar da necessidade de ter coisas.

Agradeço pela minha saúde, pela meu lar, pela minha família.

Pelos meus olhos que veem, pelas minhas pernas que andam.

Pela minha mente que atua, pela comida na minha mesa, pela generosidade com que o Universo me oferece o que possui – e o que preciso.

Agradeço, simplesmente, por estar viva.

Cada vez mais.

Viva.

Gratidão. Gratidão. Gratidão.

quarta-feira, 2 de março de 2016

De volta à sala de aula (o caminho que o meu sonho apontava)

Estou num “entre-caminhos” delicioso. Acabei de concluir o módulo 2 da formação em Coaching e Mentoring Holo-Sistêmico e parto, neste final de semana já, para o terceiro e último módulo, o avançado. Aconteceu assim, como a maior parte das coisas na minha vida acontecem: pisquei e estava lá.

A velocidade dos acontecimentos na vida da gente é muito determinada pelo alinhamento que essa experiência tem com a nossa verdade pessoal. Já falei disso aqui antes, como no meu livro. Algo prazeroso, que nos faz felizes, tende a passar muito rápido. Do mesmo modo, as experiências ruins parecem se arrastar. Hoje eu sei que essa “velocidade” é apenas uma questão de perspectiva, de ponto de vista. Fato é que tenho a sensação que tudo está acontecendo muito depressa e hoje sei que, como as coisas boas, as ruins também vão passar.

Tenho muito aprendizado para dividir com vocês sobre esse novo caminho, mas hoje apenas um “insight” vem à tona: a direção sempre é apontada pela nossa mente sábia, inconsciente e perfeita, mesmo que não estejamos em busca de mudanças ou respostas.

Essa mente sábia (ainda vou falar muito dela) já sabe o que você precisa saber. Ela é aquela que pergunta o que a vida quer de você, e não o que você quer dela; é o self 2, que determina quem está mesmo no controle de tudo. Quase nunca somos nós, de forma consciente. Toda a condução do que viemos fazer aqui está nela – que sabe de onde viemos e para onde vamos voltar. Considerando que a vida é um ciclo (que contém todos os outros ciclos), a mente sábia nos lembra que estamos aqui só de passagem. No entanto, enquanto aqui estamos, precisamos ser o melhor que pudermos.

Beneficiar os outros potencializa a nossa força e isso aprendemos com o tempo.

Esse caminho, que nos leva ao “melhor de nós” enquanto estamos aqui, muitas vezes chega através de um canal que estranhamente eu sempre acessei muito facilmente e muitas vezes confundindo ele com minha própria realidade: os sonhos. Ainda tenho muito que aprender nesse sentido, mas o que já aprendi é que sonhos “insistentes”, situações que se repetem nesse ambiente onírico, precisam de toda a nossa atenção.

Sempre tive um sonho incômodo, que se repete há mais de uma década: eu NUNCA estava confortável em nenhuma sala de aula. Quase sempre era uma sala da faculdade de Jornalismo, onde me sentia confusa e deslocada. Nestes sonhos/pesadelos eu chegava atrasada, faltava às aulas, não me conectava com a metodologia e, por fim, nunca conseguia pegar o meu diploma. Isso me levou, muito tempo, através de um canal que não dava muita atenção, a nunca me sentir efetivamente formada, graduada, diplomada (como fui e sou, em Comunicação Social). Era como se não estivesse pronta ou apta a exercer minha profissão, por mais que a experiência profissional revelasse a apontasse minhas competências nessa área.

Na sala de aula “convencional”, dos meus sonhos, eu me sentia um ET. Acordava sempre mal, com o sentimento de ser uma fraude. Nunca me senti confortável para ganhar bem ou mais trabalhando com o jornalismo. Ainda quando morava em Salvador, na terapia, revelei à minha psicóloga esses sonhos e o incômodo que eles me traziam. Até que ela me fez enxergar que, de proposito, eu não tinha ido mesmo buscar meu diploma na faculdade, e foi parte do processo ir até a Univerdade Federal da Bahia buscar o tal documento. Achávamos que, isso feito, a questão estava resolvida. Diploma na mão, canal do merecimento trabalhado, os sonhos desapareceriam, certo?

Não. Eles permaneceram. Por muitos e muitos anos.

Até uns 20 dias atrás, quando essa nova “formação” surgiu e todos os caminhos se escancararam para que eu ocupasse novamente o lugar de aluna na sala de aula gigantesca que é a vida.

Fui atrás das escolas, devidamente inspirada por duas amigas queridas que já estavam me orientando nessa direção.

A escola que veio até mim foi a escola certa, como o mestre que encontra o aluno quando ele está pronto. No meu caso a “escola” que veio foi o Instituto Holos.

Primeiro a formação à distância, depois o segundo módulo, Master, presencial; e neste final de semana o módulo Advanced. Presentes, literalmente, que o Universo lançou no meu caminho e eu, grata que sou a ele, não iria recusar.

Não tenho a menor ideia do que vai acontecer com a minha vida depois deste próximo final de semana, mas de uma coisa hoje tenho certeza: esse tinha que ser o meu novo caminho!

O primeiro sinal disso foram os sonhos, que desapareceram, bem como toda a minha insegurança e sensação de “não pertencimento”. Talvez eu devesse ter prestado atenção nessa dica que vinha nos sonhos há mais tempo; porém se não tivesse passado por tudo que passei talvez não fosse hoje dona de tanto aprendizado prático adquirido.

Sei que, com o Coaching e o Mentoring, posso ajudar muita gente com o que aprendi.

O segundo sinal foram as dores de cabeça e sintomas físicos diversos que, milagrosamente, também “desapareceram” nestes últimos dias de formação “intensiva”.

E olha que a demanda (física, de tempo mesmo) é imensa.

Acontece que agora, talvez por estar na direção certa, essa demanda não gera cansaço mental e perda energética. Pelo contrário. A cada passo dado me sinto mais nutrida e preparada, pronta para encarar as “missões” que, certamente, virão.

Eu precisava ser o que já era e eu era mais do que sinalizava o meu diploma.

E isso tinha a ver com desenvolvimento humano, com ajudar as pessoas, além da comunicação.

A comunicação simples, ainda que eu a tenha aprendido e praticado de forma integrada, sempre me causaria aquela velha inquietação. A formação não bastava. Eu precisava de outra sala de aula.

Nesta, nova, os títulos e documentos dizem pouco.

O que importa, efetivamente, é trazer à consciência o que já praticava, intuitivamente.

Todos nós já temos, dentro da gente, tudo de que precisamos. Todo o conhecimento, todas as ferramentas, todas as técnicas. A gente só demanda uma “escola” para nos lembrar do que precisamos lançar mão para atuar neste instante, o presente, aqui-agora. Eu encontrei a minha.

E desejo, de todo o meu coração e do fundo da minha alma, que você encontre a sua aí do outro lado.

Pode ser que a sua vida necessite de uma revisão imensa, intensa, e te conecte com uma mudança brusca de direção, além do que a sua "formação" convencional te orientou a fazer.

Essa escola, onde você vai aprender simplesmente a ser o que veio ser, pode agora não ter um nome, mas ela existe e está te esperando.

E quando você estiver pronto, acredite, ela vai encontrar você também.

:)