quinta-feira, 13 de julho de 2017

Dicas para sair do sofá e PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA sem sacrifício

(ou como superar os obstáculos para iniciar a prática de qualquer atividade física)

Preciso escrever esse texto. Aproveitar que está tudo recente e fresco para, quem sabe, inspirar alguém a NÃO fazer como eu: esperar a dor bater na porta para tomar uma decisão de mudar de hábitos.

Vou abrir meu coração, tá? Senta que lá vem textão.

Começando pelo começo.

Até 2009 eu era obesa mórbida. Alcancei a marca de 122 quilos quando decidi, acompanhada e ORIENTADA por bons médicos, fazer a cirurgia bariátrica. Dar fim a uma vida de dietas malucas, efeito sanfona, buyling e muito constrangimento.
Emagreci 50 quilos.

Fiquei ótima. Disciplinada, segui todas as recomendações médicas e, quando comecei a caber em roupas de número 40, achei que minha odisseia pela busca do peso ideal e saúde tinha chegado ao fim. Ledo engano.

SEMPRE ouvi, de todos os médicos, e de toda pessoa com bom senso, que a mudança alimentar PRECISAVA sempre estar acompanhada da prática regular de atividade física. Sempre, regular e atividade física são termos que, na mesma frase, me causavam pânico.
Aqui preciso contar uma coisa: ODEIO academia. Com todas as forças. Tudo lá me parece absurdo, chato, maçante. Claro, já me matriculei dezenas de vezes e, em todas, eu parei no primeiro mês. Os desfiles de ego, a vaidade excessiva, a exposição, a competição, as paranoias do ambiente sempre me incomodavam. Muito.

Busquei alternativas. Dançar em casa, sozinha, por exemplo. Inclusive foi essa atividade que me manteve por um tempo motivada e com o peso dentro do limite. Foi sobre isso que falei no último capítulo do livro que escrevi.
Mas não havia nem regularidade nem disciplina, muito menos a consciência da necessidade da prática contínua e persistente. Afinal, a vida é curta e breve e havia coisa muito mais interessante a fazer, certo?
Errado.

Em dois anos, recuperei 15 dos 50 quilos que havia emagrecido. As roupas de antes já não cabiam mais. Todo mundo sabia, percebia, dava uns toques. Cortava açúcar, carboidrato, passava fome – mas nada de atividade física. Emagreci zero quilos depois de uma quaresma de absoluta restrição. Meu problema não era apenas a boca.

Daí o tal chamado pela dor me levou à encruzilhada recente: eu PRECISAVA de atividade física, como uma planta precisa de água e sol. Não apenas para recuperar minha antiga forma, mas PRINCIPALMENTE PARA TER MAIS SAÚDE. A minha já começava a dar indícios de que eu estava fazendo algo errado. Tudo errado. Meu corpo sinalizou. Primeiro suavemente, depois num grito.

Ei, chega! De novo? Quantas vezes mais vou precisar te alertar? Quer que desenhe?

Voltei ao médico, ansiedade às alturas, e a prescrição não era mais de ansiolítico. Atividade física. Droga.
De novo, um episódio no final de semana envolvendo um monte de analgésico (haja crise de enxaqueca) e algum estresse me fizeram perguntar: o que estou fazendo mesmo da minha vida, gente?

Vergonha na cara. Comecei e me preparar porque, definitivamente, eu não PODIA me matar como estava fazendo, com toda a sabotagem. Sim, eu estava me matando. Parece exagero, mas não é. Leia, pesquise, vá em qualquer bom profissional de saúde. A saúde física é a primordial, a que define o sucesso de todas as outras áreas da vida. Sem saúde física, meu amigo, a gente não consegue nada, não chega em lugar nenhum. E eu andava assim, inerte, há algum tempo.

Então surge o desafio. Superando Limites. 30 pessoas vão escalar o Pico das Agulhas Negras em duas semanas e precisavam estar preparadas. Eu me inscrevi. Sem preparo algum. Comprei roupas e botas e saco de dormir paro o frio. Seja o que Deus quiser. Vou andar 1km e fico lá, esperando os outros voltarem. Pronto. Tudo certo?

Errado. Eu quero SIM subir. Eu preciso SIM me superar.

Atividade física sempre foi uma imensa pedra, uma montanha, no caminho da minha vida, o que provavelmente me separa do meu pleno potencial de realizar coisas, porque os desequilíbrios na saúde me afetam gravemente. Vamos admitir isso de uma vez por todas? Vamos.

Bons conselhos, gente boníssima e inspiradora do meu lado. Vai, você pode.

E fui. Fiz a matrícula na academia terça-feira. Plano anual. Academia inteligente, diferente do que já tinha experimentado. Curti, mesmo. Curti sobretudo a sensação do meu corpo depois do treino, dinâmico e gostoso (sim, juro!).

Curti não ter UMA DOR DE CABEÇA SEQUER desde então. Não precisar tomar UM ANALGÉSICO. E ter recuperado a disposição que eu tinha, sei lá, aos cinco anos. Ando elétrica, motivada, FELIZ. Apesar de tudo ao redor, eu vou PERSISTIR. E essa determinação, que no começo é alta, precisa se sustentar. Então vou começar a parte prática, caso você não tenha lido nada que escrevi até agora, pode se beneficiar de algumas dicas que dou a seguir para manter o foco e disciplina.

Desejo que você, como eu, vença seus próprios limites e bloqueios diariamente para INSISTIR nesse caminho. PRATIQUE ATIVIDADE FISICA. Você pode até não usar filtro solar, mas se tem um conselho que eu garanto que vai fazer toda a diferença na sua vida, para sempre, por tudo que tenho lido e estudado e VIVIDO, é esse: MOVA-SE! SAIA DA ZONA DE CONFORTO! COLABORE COM SEU CORPO! JÁ!

Dicas práticas:

1) Tenha ao lado um companheiro(a), alguém que te motive e inspire a sustentar esse caminho. No meu caso, o meu marido foi ESSENCIAL. Eu e ele estamos juntos nessa, nos matriculamos juntos na academia, e sei que nos apoiaremos nos dias difíceis. Observar que, juntos, estamos melhorando, faz toda a diferença.

2) Escolha um lugar em que você se sinta bem. No nosso caso, a Smart Fit preenchia vários requisitos importantes. Qualidade dos equipamentos, instrução, nenhuma necessidade de estar o tempo inteiro acompanhada (a não ser no começo, para se ajustar) porque o conceito é mesmo de uma academia inteligente. Você faz seu treino, não precisa nem olhar pro lado. A estrutura é enorme e tudo lá conspira para que você siga. Além disso, fizemos um plano com o benefício de nos permitir treinar em qualquer uma das unidades. Sem desculpas se estivermos em outro lugar. Tem uma Smart Fit em toda esquina.

3) Prepare-se com roupas, tênis confortáveis, esteja pronto! No meu caso essa parte é fundamental. Comprar as roupas em que me sinto confortável, tops corretos de sustentação, me sentir BEM com o que uso fez toda a diferença. A Decathlon tem peças ótimas por bons preços.

4) Faça um plano anual SIM. A Smart Fit tem um chamado Black (esse que dá direito a frequentar todas as unidades, e ainda cinco minutos de massagem na cadeira especial todos os dias!). Estabelecer um compromisso que DEMANDA continuidade vai te dar um gás extra. Se pensar em desistir no meio do caminho, vai pagar multa. A dor no bolso, no meu caso, me motiva a não desistir.

5) Compre um squeeze e mantenha-se sempre hidratado (durante a academia e ao longo do dia todo).

6) Mude sua alimentação e faça escolhas mais saudáveis, mas não se prive de NADA. Meu maior erro com os radicalismos sempre foi esse. Academia + vamos morrer de fome. Não se sustenta. Descobri ontem que o que você come nas duas horas pós treino é rapidamente absorvido pelo organismo, e isso INCLUI aquele chocolate e sorvete que você ama. Ingira bastante proteína, opte por menos frituras e gorduras e evite (evite, não elimine) açúcar. Pronto. Se precisar, conte com o suporte de um bom nutricionista para te orientar.

7) Se você tem ansiedade, naturalmente, como eu, não deixe de estar sempre acompanhada pelo seu médico. Com a prática da atividade física, se você usa medicamento para ansiedade certamente a necessidade deles vai diminuir, mas não adianta achar que é super homem e mulher maravilha e cortar tudo. Excesso NUNCA é bom.

8) Comece SEMPRE com um treino adaptativo se você optar pela academia e conte a REAL da sua vida para um bom instrutor, que vai te acompanhar no atingimento de resultados com um treino personalizado. Não extrapole. Nunca extrapole. Devagar e sempre é melhor que uma vez e nunca mais.

9) Estabeleça dias e horários e CUMPRA-OS. Sim, você pode ser flexível se puder fazer isso, mas se a sua meta for treinar cinco vezes por semana, TREINE CINCO VEZES POR SEMANA. Chova ou faça sol. Frio ou calor. Com ou sem resfriado. Acredite: você é mais forte do que você pensa.

10) Eleja ao seu redor pessoas que PRATICAM ATIVIDADE FÍSICA, gostam de você, querem seu bem e podem te dar dicas e instruções. Eu sou uma sortuda. Além do meu marido, nessa jornada pela minha saúde tenho ao lado uns queridos como o Gustavo, o Ribeiro, a Dayse, a Natália, a Maíra, o Paulo e outras pessoas que praticam atividade física e me inspiram a fazer isso também. Corra ao lado delas. Chame-as e consulte-as quando precisar.

11) IGNORE solenemente comentários que costumam acontecer e já ouvi muito até da minha “família”: “de novo? Duvido que consiga. Vai desistir logo”. Evite essas pessoas. Sério. Energia negativa a gente precisa manter longe. Gente também.

12) LEIA BONS LIVROS e conteúdo que te inspire. Eu ando lendo “Saúde Perfeita”, do Deepak Chopra, e “Você tem fome de que”, do mesmo autor. Tudo que se relaciona a saúde e mudança de hábito: leia, entenda, se informe. Claro, sem virar um bitolado extremista. Bitolados extremistas nunca se dão muito bem... rs

13) Ah, se você estiver pensando “academia é um investimento alto”... a Smart Fit tem planos a partir de R$ 59,00 mensais (não, eles não estão me pagando nada para falar deles!) e se você calcular o que gasta de plano de saúde + consultas extra + medicamento ao longo do mês eu DUVIDO que esse valor faça mesmo, de verdade, tanta diferença assim na sua vida.

14) Mensure suas conquistas e resultados. Acompanhe não apenas indicador de peso corporal, mas de medida, que nessa primeira etapa é o que você costuma perder mais rápido. Não bique bitolado com a balança. Eleja intervalos de pesagem suaves, confortáveis (a cada 15 dias, um mês, por exemplo). Sobretudo: COMEMORE os seus resultados. Não precisa ser com junk food. Você pode se dar um presente quando isso acontecer. Ontem eu me dei um presente que queria MUITO porque, apenas mudando hábitos e começando a me mexer, EMAGRECI 4 QUILOS! <3 15) Estabeleça uma meta. É importante para toda jornada a gente definir onde quer chegar. Não para ficar paranoico, como já disse, mas para avaliar o que está indo bem e o que precisa se ajustado. Além disso, tenho aprendido há algum tempo que planos escritos, internalizados pela mente e perseguidos com coragem e determinação são DEFINITIVAMENTE CONQUISTADOS. Napoleon Hill segue me ensinando coisas diariamente.

16) Música! Esse item é muito importante. Se a sua academia não tiver uma playlist que te encoraje TOCANDO ALTO, coloque o seu fone de ouvido e faça uma playlist das músicas que te animam e inspiram e coloque o seu celular para te ajudar nessa maratona.

17) Já falei sobre beber MUITA água o tempo todo, né?

18) Ah, importante fazer uma avaliação médica antes de iniciar a prática de atividade física. Sobretudo se você já tem algum problema de saúde importante. Checar frequência cardíaca e perceber se seu corpo está se ajustando (reclamar um pouco no começo é normal, mas sempre e muito não é!) é bem importante! Se você não começou por aí: faça exames: de sangue, de imagem, cardiológicos.

19) Se você não tem, como eu, flexibilidade para ir nos horários menos cheios na academia, experimente acordar bem cedinho ou ir no final da noite. Ah, e não ligue se no começo você ficar meio anti social ou as pessoas te cobrarem presença em tudo. É necessário um esforço para equilibrar a agenda e dar conta de um tempo exclusivamente dedicado à atividade física. As pessoas que te cobram muita presença agora vão entender que você não quer encontra-las numa visita em cima da cama de um hospital, certo?

Bom, pra começar é isso.

Já vou ali estender a roupa, resolver umas coisas do trabalho, fazer comida e me arrumar porque HOJE É DIA DE TREINO, SIM!

E EU CONSEGUIREI!

Desejo, de todo o coração, que você se inspire com essa história e as dicas. Vou sempre partilhar o que puder e o que aprender para te animar a se cuidar. Todos os dias.

Se você não fizer isso por você, o tempo vai cobrar de um jeito ruim e difícil. Não deixe isso acontecer. Combinado?

Se precisar de ajuda, conta comigo! De verdade!

#porummundomaissaudavel #porummundomaisfeliz



quarta-feira, 28 de junho de 2017

Ao que virá (e ao que já foi)

É véspera do meu aniversário e, portanto, deem crédito para que haja, sim, textão. Vocês, sobretudo quem me acompanha com frequência, sabem que não tenho feito isso com a mesma regularidade. Por isso perdoem essa verborragia, mas hoje eu preciso escrever.

Primeiro, antes e sempre, para agradecer. Esse ano pessoal talvez tenha sido o mais intenso da minha vida, sob vários aspectos, e só foi possível atravessá-lo com a ajuda de alguns anjos que, graças a Deus, tive em meu caminho. Foram poucos, e eles sabem quem são, então não vou nomina-los porque eu já o fiz isso muitas vezes: agradecer a eles diretamente.

Os 35 vão dando adeus e eu tenho uma fé imensa e inabalável, essa que sempre me acompanha em tempos de sol ou chuva, que os 36 serão de COLHEITA.
Recebi uma mensagem linda, há pouco, dessas que a gente sabe que são intuídas e orientadas por Deus, de um novo amigo. Fiquei emocionada porque ele me disse com essas palavras, que eu precisava ouvir e das quais me empoderei: esse ano será SIM de colheita. Porque tenho sido boa semeadora, porque o plantio tem sido consistente e trabalhoso, sobretudo porque eu mereço.

Escolhi um caminho difícil, eu sei, mas nele há toda a verdade que sempre desejei viver e um desejo genuíno de servir, com os talentos e dons que Deus me deu, todas as pessoas que eu puder. E viver com essa verdade não tem preço. Diante das tempestades eu lembro de todas as razões que me fizeram abandonar os caminhos tradicionais e seguir por esse, e entendo que não podia ser de outra forma, minha jornada não podia ser diferente. Essa sou eu, inteira, vivendo o que acredito, da forma que entendo ser correta, e isso pode ter um preço alto no mundo maluco que estamos vivendo – mas me faz dormir e acordar todos os dias sentindo PAZ no coração.

Talvez isso seja o bem mais valioso que conquistei durante os anos de conflito: paz.

Conheço e respeito as sombras que me habitam, mas sempre que posso vou escolher a luz.

Quando me esqueço, Deus trata de me lembrar que ela existe e que eu posso sempre escolher ver a vida sob a ótica da luz.
Esse ano eu casei (quem diria!!), conheci Davi e o amor mais profundo que podia, passei por dificuldades grandes e graves (sem perder a fé) e tive o acolhimento e o suporte de mãos maravilhosas que me mostraram um caminho novo por onde seguir.

Eu fui ajudada muito mais que ajudei. Por isso sigo e seguirei sendo grata.

Fiz escolhas difíceis, tomei decisões radicais e duras.

Olhei bem dentro dos meus olhos e me vi, entendi que não podia mais ficar refém de certas coisas, e abandonei novos barcos. Não precisei queimá-los. Só os deixei, mesmo.

Busquei um novo sentido, entendi coisas que achava que já tinha entendido, aprendi mais do que acreditava já ter aprendido.

Li muito, observei muito, aprendi mais. Estudei. Orei muito. Muito. Deus nunca se calou diante das minhas orações, que viraram súplicas em muitos dias. Presenciei milagres. Deus me ofereceu presentes de fontes que eu jamais imaginava receber.

Silenciei nos momentos propícios, falei mais alto quando foi necessário.

Resgatei a necessidade de ser parte, de conviver, de reestabelecer vínculos importantes, e só mesmo o que era necessário restou. Ainda bem!
Estou sempre aprendendo essa lição, a do desapego. Acho que vou ter que aprender para sempre. Ah, e não criar expectativas. Talvez essa eu demore um pouco mais para aprender sem dor.

Fiz escolhas. Houve consequências. Amadureço mais a cada dia com elas.

O que não muda, nunca? Ainda não tolero injustiças, tenho pouca paciência com a violência de forma geral e sigo acreditando que não preciso entrar em conflitos desnecessários, sobretudo quando estou em paz com a minha consciência.

O ganho de peso sinaliza que continuo engolindo alguns sapos e as enxaquecas que sigo sendo sensível demais. Ambos sinais me indicam a solução de sempre, tão óbvia quando difícil de seguir: o caminho do meio. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. É que às vezes meus pés insistem em voar. Erroneamente acho que tenho nadadeiras para mergulhos maiores e asas para voos mais altos. Aí a dor me lembra: respeite seus limites.

Às vésperas do meu novo ano, o medo adormecido há 16 anos bate de novo na minha porta. E eu tremi. Literalmente. Mas, novamente, fui acolhida por anjos bons e, mais uma vez a vida me diz: respeite seu tempo, seu ritmo, seu espaço pessoal. E agradeço inclusive esses sinais mais duros que a vida vira e mexe me dá...

E é só isso, parceiro. E é tudo isso. A vida é trem bala, isso eu já sabia. Prestes a partir estamos todos e as mortes me ensinam, sempre, todos os dias, que a vida é breve – e por isso mesmo eu escolhi viver assim, intensamente.

Minha vida não é mais sobre ter todas as pessoas do mundo pra si. Só de saber que em algum lugar alguém (e quão lindas são essas pessoas) zela por mim faz viver ter todo sentido. Ainda que haja dias sem sentido algum.

Tem alguém segurando sempre minha mão nas estradas que eu caminho. E viver não é mais sobre correr e chegar mais rápido. É sobre caminhar junto e chegar mais longe.

É nisso que eu acredito e é assim que sei ser.

É saber se sentir infinito. É acreditar.

Para fazer valer cada verso daqueles poemas. Todos que já escrevi. Todos que ainda vou escrever.

É, sobretudo, saber partir.

Viver é também sobre isso. Sobre saber chegar e saber partir.

Passageira que sou, sigo. Buscando ser (e viver) melhor.

Bem vindos sejam os meus 36, que são 3+6=9, que me deixam mais próxima dos 40 que dos 30, que me fazem considerar a maternidade e mudanças maiores.

Fé, força, foco e coragem. É tudo que peço e tudo que preciso para seguir.

Quem sabe o que virá?

Ele. E, se Ele sabe, eu apenas sigo navegando.

Vivendo, agradecendo, aprendendo e navegando.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Lições de 2016: humildade, paciência, persistência, criatividade, flexibilidade e CORAGEM

Sim, vai ter textão de final de ano.

Não dá para deixar um período tão rico em aprendizado passar em branco.

Em muitos momentos eu fiquei muda, atônita, pasma. Foram muitas mudanças, tanto no mundo externo quanto no mundo interno, e nem todas boas. A verdade é que agora, à beira da virada, eu tenho a sensação de que esse foi um ano muito, muito rico. Como quase sempre na vida, aprendemos nos momentos de crise. E não faltou crise para nos ensinar esse ano, não?

Aconteceu comigo e com um monte de gente querida. Tive a sensação de que o ano passava e ia levando tudo. Empregos, dinheiro, carro, viagens, possibilidades, sonhos, compromissos, amigos. Cai governo, cai medida, cai acordo, cai promessa. Muitas quedas. Obviamente elas nos enfraquecem.
Cair dói. Perder, idem. Esse foi um ano de queda e de perdas pra muita gente. Mas olha que bacana: quando tudo nos é tirado, resta e fica o essencial. E, no caos, só temos uma saída: recomeçar.

Penso que 2017, porque a fé 2016 não me tirou, será um ano de muito, muito potencial pra muita gente. Sobretudo quem, como eu, começou a se questionar: ok, e o que eu posso fazer para mudar isso?

Porque sim, tem coisa que a gente não pode mudar, mesmo. Mas a maioria a gente pode, sim. Somos criativos, temos a pulsão de viver, de sobreviver. Conseguimos achar saídas, temos instinto, gana e pulso. Coragem!

Eu encarei uma maratona. Queimei os barcos, escrevi um livro, construí um lar, uma carreira autônoma, uma vida muito nova num tempo muito novo.
Tive bons momentos? Sim, muitos. Mas muitas vezes, muitas mesmas, eu me vi completamente perdida e desorganizada, sem saber direito se as escolhas que fiz foram boas ou adequadas à situação política-econômica-espiritual-moral que estamos todos atravessando.

Fui abrindo mão de muitas coisas, à medida que o ano passou, para tentar chegar ao fim mais leve. E seguir pagando as contas, fazendo planos, tendo alguma perspectiva de melhora. Vendi meu carro, tive que dizer muitos “nãos”, passei quase todos os finais de semana em casa, para economizar. Desisti do sonho de casar, do jeito tradicional, porque não tinha grana ou sentido fazer isso agora. Fui perdendo a inspiração à medida que o tempo passava. As coisas foram murchando, e eu murchei um pouco com elas.

Daí cheguei ao ponto que me levou a escrever esse texto.

O que eu posso fazer para mudar? De onde partir, como melhorar o que está ao meu alcance?

Primeiro, a lição mais preciosa de todas: impossível se manter agarrado a ideias fixas. Convicções são ótimas, mas só se não te aprisionam. Eu acreditei com muita força que jamais seria feliz de outro modo que não vivendo uma jornada independente, mas me dei conta de que sou infinitamente melhor ao lado de gente, trabalhando em equipe. Não importa onde esteja: eu posso fazer a diferença e cumprir minha missão em QUALQUER LUGAR.

Sim, voltar ao mundo corporativo passou a ser uma possibilidade novamente. Porque eu estava diferente, porque o meu jeito de olhar para ele estava diferente, porque eu tinha a certeza de que poderia ser melhor agora. Estamos todos, inclusive as organizações, se reinventando no meio dessa crise.

Além do mais, eu cresci e aprendi tanto. Minha mente, minha alma, meu leque se expandiu. Meu jeito de olhar para as coisas mudou. Ademais, sinto falta de muitas coisas, dentre elas essa que sempre foi a matéria prima do meu grande amor, a escrita: pessoas. Conviver com elas. Enfrentar o dia a dia ao lado delas.

Então a primeira grande lição veio: humildade. Precisava me desapegar das convicções escritas, publicadas, alardeadas tanto tempo. Isso me inquietou muitas vezes. Como “desdizer” o que está dito? Escrevi um livro sobre queimar os barcos e estou pensando em voltar ao mar?
Acontece que fiquei muito tempo presa à ilha, quando na verdade a minha natureza pede que eu navegue. E não há mal algum em mudar de ideia, de opinião, de rumo, quando você contraria a sua natureza.

Aprendo que em todos os mundos, inclusive nesse super bacana do autoconhecimento, há muito ego envolvido. Muita gente trabalha em função do ego, e não do amor.

Então entendi que a batalha, aqui, é aprender a lidar com as armadilhas do ego, e que isso pode acontecer tanto se você for um super executivo de multinacional ou um dono de um retiro de meditação.

A verdade é que conheci muitas pessoas, nesse universo do Coaching mesmo, que por trás de uma aparência de solidariedade, sabedoria e amor escondem um ego maior que o mundo, e no fundo não estão bem com elas mesmas – mas precisam se manter firmes na promessa de ajudar o outro a ser melhor com ele, porque é disso que o ego delas se alimenta.

Embora, do mesmo modo, haja gente lindíssima mesmo trabalhando com isso, talvez não seja a minha praia. Ou seja, desde que faça sentido. Não estava fazendo. Não mais. Não pra mim.

Insistir e persistir tem significados muito diferentes. Acho importante persistir, quando algo faz muito sentido pra você: mas insistir não é legal. Não foi no meu caso.

Humildade. Coragem. Flexibilidade. Persistência. Criatividade.

Coloquei tudo isso na mochila e fui atrás de um caminho novo.

Estou atrás dele exatamente agora.

Você pode mudar o caminho quantas vezes quiser. Pode SIM.

Você deve satisfação apenas a você mesmo e à sua consciência, porque só você conhece mesmo a sua jornada, de perto, e sabe os motivos e as razões que te levam escolher este ou aquele caminho.

Meu coração deseja uma vida mais tranquila, agora.

Um caminho de paz para poder me dedicar, efetivamente, à construção da minha nova família, fruto do meu amor, que chegou no tempo que tinha que chegar, como tudo é do jeito que precisa ser.

Depois de ler algumas vezes o laudo iridológico da querida Ana, amiga de infância, constato o que sempre soube. Sou esse paradoxo ambulante. Estou sempre em busca de coisas novas, movida pelo SENTIDO delas.

Então começo a me despedir de 2016 com menos tristeza e rancor e muito, muito mais esperança. Muita fé. Muita coragem.
Essa que os recomeços exigem que tenhamos.

A sabedoria de saber quando é a hora de parar de insistir eu acho que já consegui.
A teimosia é uma armadilha do ego que a gente só combate com a humildade e a humanidade necessárias à sobrevivência.

Eu sigo sendo essencialmente amor, movida e impulsionada por tudo que se relaciona ao amor. Isso faz parte do pacote de ser quem eu sou, não importa onde ESTOU.

Onde estou e o que estou fazendo é passageiro.

Quem sou é permanente. A gente vai lapidando e ajustando, com o único propósito de melhorar. Para nós mesmos, para os que amamos, para o mundo.
Não sei onde estarei em 2017, mas tenho certeza de que não estarei no mesmo lugar.

Espero que você também não, se o lugar em que está não te faz feliz.

Meu desejo de ano novo é que você VIVA VOCÊ. Com toda a complexidade e beleza que ser nós mesmos exige.

Assuma-se.

Ame-se.

Ame.

Exatamente do jeito que PRECISA que seja.

A vida, aqui, é circunstância. Passa. Como tudo.
Mas você pode se esforçar, todos os dias, para fazer dela uma experiência realmente interessante. Planeje, comece, arregace as mangas. Vá.
Tenha humildade e sabedoria. Sobretudo coragem. Mas vá.

Aproveite a experiência de estar aqui.

Que o seu coração seja o seu guia e a opinião dos outros não importe mais tanto quanto você precisa que seja.

Renasça.

Somos todos fênix e a capacidade de nos recriar é um dos mais bonitos legados que Deus nos deixou.

Eu posso, você pode!

Vamos lá? Juntos, com o que estiver ao nosso alcance, fazer um ano novo melhor do que esse?
Feliz ano novo. Por todos os anos que você precisar se renovar.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Sonhar é o grande combustível da vida

Não importa qual seja o tamanho do seu sonho: ele vale a pena ser perseguido, vivido, compartilhado. Há um ano eu realizava aquele que para mim era o maior sonho de uma vida: lançar meu livro. Com noite de autógrafos, reunindo meus amigos mais queridos no lugar onde sempre desejei fazer isso.

Hoje, depois de experimentar tantas coisas novas e ter colhido bons frutos dessa experiência, eu me pergunto se teria feito tudo de novo e a resposta é imediata: claro! Certamente o livro de hoje seria outro, o formato do evento idem, as expectativas devidamente reguladas. Mas eu precisava viver AQUELA experiência.

Agora, lembrando daquele dia e relendo meu livro, bem como vendo as imagens e percebendo quanta coisa mudou, minha contribuição sobre viver o seu sonho é a seguinte: o sonho que você está vivendo ou deseja viver é mesmo SEU? Parece uma pergunta tola, mas é profundamente importante que você tenha essa resposta clara. Porque boa parte do tempo estamos perseguindo sonhos que não são genuinamente nossos: são projeções dos outros para nós.

Hoje vivo a possibilidade de realizar um novo sonho e tenho me perguntado com frequência: de quem é esse sonho? Se é meu, como deve ser exatamente? A gente precisa agradar, antes, a nós mesmos! Os sonhos são nossos, exclusivamente nossos! É lindo poder partilhar isso com quem verdadeiramente deseja que sejamos felizes, mas na maior parte das vezes não é o que fazemos. Perseguimos sonhos que não são nossos para buscar a aprovação do outro.

Experimente perguntar quais sonhos você não está perseguindo porque precisa cumprir protocolos que são impostos. Experimente a liberdade de SE fazer feliz, sonhando o que VOCÊ DESEJA. Sem se preocupar tanto com agradar os outros ou se "enquadrar". Sonhos são incríveis - se vividos de forma coerente com a sua verdadeira essência.

Qual sonho é seu e qual é o que os outros projetam para você? Escolha os seus, sempre! E queime seus barcos quantas vezes forem necessárias em busca de uma vida com mais sentido. Vale a pena. Muito. E se um dia você precisar navegar de novo, sempre haverá novos meios de transporte. Barcos queimados não implicam em ruptura definitiva com nada. Descobri que isso não existe e que ser radical demais nos faz tristes.

Que sempre haja novos sonhos para você perseguir! E é lindo poder partilhar a concretização desses sonhos com quem verdadeiramente se ama.

Acredite! Sonhos precisam de fé para se tornar reais. Com fé se pode tudo. Dos sonhos mais simples aos mais improváveis: com fé você alcança.

Boa viagem para nós.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Escolhas, caminhos novos, calibragem

Os últimos meses passaram num susto. De todas as coisas que aconteceram, as mais importantes foram a formalização da minha condição de empresária autônoma, o lançamento do meu novo site (vejam lá: www.rafaelamanzo.com.br e me digam se gostam), com a nova logo, o reconhecimento do Coaching em minha jornada que antes estava focava 100% em comunicação e o nascimento do Davi, além da passagem de mais uma primavera. Agora já não conto a idade pelos anos, mas pela quantidade de coisas que os anos me fazem viver. Sou sortuda. Sempre vivi muito.

Tudo isso me ocupou bastante, não o suficiente para deixar de escrever.

Escrever é a minha casa. É para onde sempre volto depois de passear entre os extremos, ou o êxito ou o fracasso de um projeto. Não estranho mais nenhuma das duas condições. Estou sempre lembrando que todas as coisas passam, e que a única constante é esse meu lar, o da escrita.
Enquanto passeio pelos novos projetos, pelos convites, pelos trabalhos que surgem e pelas pequenas e lindas surpresas e emoções com que lido desde o nascimento do meu sobrinho, escrevo parágrafos, deixo a escrita vir em novos formatos, lido com a inspiração sem temer a forma como ela se manifesta. Simplesmente deixo. Permito. Cedo espaço. E isso tem acontecido da forma como mais gosto: naturalmente, sem muitas regras e planejamento.

Tem funcionado. Para mim e para as pessoas que me cercam.

Criei uma lista VIP e envio esporadicamente pequenos textos, meus e de outros escritores, por escrito ou eu áudio (se quiser fazer parte dessa lista, me manda seu número de telefone por e-mail que te cadastro no whatsapp: contato@rafaelamanzo.com.br)

Também estou escrevendo um novo livro, que por enquanto divulgo apenas pelos áudios da minha lista VIP, chamado “Cartas para Davi”. Comecei a escrever antes dele nascer, e a cada dia algo novo acontece que me inspira para seguir nesse projeto.

Voltei a flertar com o mundo corporativo, dessa vez num formato que cada vez mais me encanta: como consultora. Especialmente em novos projetos, propostas e eventos. (Se souber de algo nesse caminho, conta comigo!)

Ademais, de novo, a vida que se renova todos os dias.

O compromisso que se reitera, o cotidiano que tenta nos engolir – e eu tento enfeitar, porque nada igual por muito tempo me encanta, a mesa farta e as oportunidades todas que sempre surgem de se fazer novas calibragens, ajustes, mudanças e rumo.

Eu não me canso de experimentar. Sobretudo de me experimentar no mundo.

Que graça isso tudo teria se viver fosse só sobreviver e lutar para pagar as contas no final do mês?

Minha vida deixou de ser ordinária e essa escolha tem muitas implicações, nem sempre fáceis de administrar. Mas todos os dias, quando me levanto, lembro das razões que me levaram a mudar o rumo e continuo repetindo que valeu a pena, que tem valido a pena, e certamente valerá para sempre.

Não ando mais nas guias e os roteiros só servem para me orientar durante um tempo.

Sempre vou passar por aqui. Deixarei sempre algum rastro, porque a vida criativa sempre se faz notar de um jeito ou de outro.

Que bom que você me acompanha. Que eu seja de algum modo inspiração para que você ouse mais.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Continuo aqui

Eu continuo aqui. Sou a mesma de antes, mas não sou a mesma mais. Percebe a diferença sutil?

Assumi o paradoxo e resolvi lidar com os meus extremos, aqui nesse caminho do meio, o do centro. Onde a gente se balança a vida toda para se sustentar.

Sim, eu mudei. Mudei muito. Cortei os cabelos bem curtos, retornei à cor natural. Vendi meu carro, ando a pé, economizo mais, penso antes de comprar qualquer coisa. Aprendi a viver com menos, porque de verdade a gente não precisa de tanto. Boa parte das nossas necessidades e vícios são hábitos de consumo que desenvolvemos para preencher outros vazios.

Escolhi investir numa relação a dois, como nunca antes me permiti fazer, e construir diariamente algo que não sei o que será, mas sei que hoje me faz muito feliz.

Escrevo e falo menos coisas que antes, e com muito mais filtros, porque perdi a mania de precisar ser aceita o tempo todo, demandar a aprovação alheia para seguir por qualquer direção. A gente nunca vai agradar todo mundo, mesmo. Mas precisa, antes, se agradar.

Fui me reinventar profissionalmente, porque ser jornalista não me pareceu mais uma alternativa viável e no fundo, todo mundo sabe, eu sempre quis mesmo escrever. Ponto. Simples assim.

Escrever e aconselhar pessoas, com embasamento técnico de uma nova formação, tornou-se meu único e verdadeiro compromisso, que contém nele todos os outros, inclusive o de deixar um legado para o mundo, quando eu não estiver mais aqui. Quero mesmo é viver para contar histórias, as boas, daquelas que inspiram a gente a fazer as grandes revoluções nas nossas histórias pessoais, como eu fiz com a minha vida.

A gente precisa plantar boas sementes e guardar no coração a certeza de que os nossos filhos e netos e gerações vindouras colherão os frutos. Desprender-se de usufruir de tudo agora é uma ação que nos torna livres para fazer o que podemos no tempo onde estamos com os recursos que nos são oferecidos.

A diferença entre viver uma vida ordinária e uma vida extraordinária sempre me inquietou, e eu sigo em busca da segunda como única opção possível da minha existência, enquanto ser criativo, pulsante e pensante.

Só que hoje eu tenho mais foco e pés no chão. Escolho melhor as batalhas onde vou me meter.

Já entendi, também, que muitas vezes perder é melhor que ganhar.

Descobri que o único recurso não renovável, negociável e disponível em pouca quantidade que temos é o tempo, e toda a energia que escolhemos gastar nos tira isso – e tempo investido é tudo que realmente não conseguimos tomar de volta.

Cansei dos gastos de energia desnecessários. Cansei de tentar buscar recursos onde antes nunca tive, mesmo, nada.

Parei de me contentar com pouco faz tempo, e o mínimo que quero hoje é viver em paz. Qualquer pessoa ou situação que tentem me roubar isso serão extintos, colocados de lado, reprogramados em mim.

Cozinho cada vez mais e melhor, cuido da minha casa, cuido dos meus cachorros e tento desempenhar cada vez melhor todos os papéis que me cabem. Todos eles eu ocupo por prazer, nenhum por obrigação. Evito julgar o outro e busco olhar com compaixão para todos os seres, em todos os caminhos, quaisquer que sejam as escolhas que eles fazem. Ainda é um processo diário de aprendizado, mas na maior parte das vezes consigo.

Gosto de ficar em casa e me desloco quando do outro lado há algo ou alguém que valem muito a pena encontrar. Recebo na minha casa muito poucos, sempre escolhidos a dedo. Sim, eu me tornei mais introspectiva que antes mesmo. Aprendi muito sobre com quem se pode contar quando só se tem amor a oferecer. Parei de presentear todo mundo. Meu melhor presente aos que amo é meu tempo e ponto.

Estou produzindo coisas bacanas para anunciar em breve e tentando me desviar das distrações do caminho, que são muitas.

Mantenho minha vida sob controle. Entendi que, a despeito de eu não ter controle de nada, minhas escolhas são meu único poder. Eu busco fazer as melhores que posso, o tempo todo.

Descobri na intuição uma poderosa aliada e na oração uma tremenda fonte de força.

Eu me sustento numa fé que sempre esteve à minha disposição. Tudo que há na vida está sempre a uma esticada de mão de nos ser entregue. A gente só precisa acreditar que merece. A fé vem da certeza de que a gente merece ser protegido, se sentir seguro e amado. Eu mereço. Você merece.

Sigo lendo muito. Observo mais. Contemplo o silêncio como nunca. Ouço bons conselhos. Descarto os excessos.

Tenho os livros como parceiros de vida e seus autores são meus mestres. Tenho orientado minha vida na direção de aprender para ter propriedade de ensinar.

Sim, eu mudei muito; mas eu continuo aqui.

O que eu queria mesmo, com esse texto, é te lembrar que eu não me esqueci.

Sou eu mesma, sem o excesso de drama, com mais foco e paz, menos perfumaria e tralha.

Só e tudo isso.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Afinando o instrumento

Amigos navegantes, saudações.

Sabe o outro lado da ilha, que parecia distante?

Daqui já dá para ver até o verde da vegetação.

Do outro lado há uma terra incrível e abundante à minha espera e eu sinto que, quando pisar nela, toda a travessia terá valido mesmo a pena.

Decidi curtir um pouco mais o final dessa viagem, de porte do silencio que cada vez mais tenho usado como ferramenta em minha vida (pessoal e profissional).

Esta é uma fase de foco, definições, construção de planos e identificação de trilhas que farei quando desembarcar.

Por isso quero viver os próximos dois meses, aproximadamente, mais quietinha. Observando todo o trajeto e contemplando o que já está ficando pra trás, empacotado como história que um dia poderei contar, dividir, multiplicar.

Sinto e sei que tudo que tenho aprendido servirá, sempre, como inspiração para ajudar a diminuir a curva de aprendizado de alguém que, como eu, já se desesperou muitas vezes em noites traiçoeiras e tempestivas.

É isso. Estou me apropriando do meu novo projeto, da minha nova história, do meu novo rumo, com cuidado e carinho, atenção e muuuuita paciência.
Num ano de número 7, de introspecção e reserva, até que dividi coisas demais, não é?

Gratidão por você, quem quer que você seja, acompanhar minha jornada. (SINTO MUITO, POR FAVOR ME PERDOE, OBRIGADA, EU TE AMO!)

Eu espero que, quando eu desembarcar, você desça comigo e encontre dentro de si todos os instrumentos e recursos de que precisa para empreender sua própria travessia.

Queime seus barcos, lance-se à maré, descubra os mistérios da jornada e se reinvente.

Como eu fiz, como estou fazendo, como farei sempre.

Coragem e ousadia são meu lema.

O amor e a fé meu alicerce e escudo.

Tudo vai dar certo no final. Tudo sempre dá certo no final. Eu sinto. Eu sei. Estou chegando e dou notícias, em breve, do mundo de lá.